Aos meus 11 anos de idade, minha mãe me apresentou ao Beto, professor de história e dono do Sebo CasAberta, na cidade de Itajaí. Lá comecei a desfrutar do prazer de múltiplas leituras, de escutar muita música e de aprender o ofício de encadernador de livros.
Tudo isso aconteceu
nessa pequena casinha onde ia todos os dias pela tarde aprender mais sobre a vida, sobre os livros e ter a experiência de uma livraria. Passados os anos e depois de 3 das quatro grandes mudanças da livraria, a livraria acontecia em mim, com um pouco de história todos os dias, de responsabilidades e de bastante trabalho. No contato diário com o Beto, a Ivana, Lilian e Roberta, que eram as pessoas que juntas permitiam esse espaço ser um reduto cultural da cidade, promovendo diversas atraçoes e permitindo um ponto de diálogo entre as pessoas da cidade.
Os dias passavam rápido, entre as conversas do balcão, os atendimentos a colecionadores de selos, de revistas e tantos outros aficcionados; e entre muitas trocas de discos de vinil.
Por ser um espaço de trocas, tudo que chegava na livraria era carregado de histórias. Isso realmente era o grande barato: receber o desconhecido e ofertar o que passávamos a conhecer.
